"(...) a osteopatia se mostrou mais eficaz nos pacientes com dor lombar crônica de alta intensidade além de melhorar a função da coluna. Mas, obviamente, é visível a capacidade da osteopatia em aliviar as dores lombares independente se são de média ou alta intensidade."
No artigo passado, foi apresentada a influência do diafragma na dor lombar. Neste, apresento um estudo mostrando a eficácia do tratamento osteopático nas lombalgias. Mas antes, vejamos algumas estatísticas que mostram a importância que as dores na coluna lombar tem no nosso dia-a-dia.
Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Global Burden of Disease Study publicado no final de 2012, existem 632 milhões de pessoas com dor lombar. É uma das causas número de incapacidade no mundo todo. Além disso, a lombalgia é a principal causa de limitação e faltas no trabalho no mundo inteiro.
No artigo passado, foi apresentada a influência do diafragma na dor lombar. Neste, apresento um estudo mostrando a eficácia do tratamento osteopático nas lombalgias. Mas antes, vejamos algumas estatísticas que mostram a importância que as dores na coluna lombar tem no nosso dia-a-dia.
Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Global Burden of Disease Study publicado no final de 2012, existem 632 milhões de pessoas com dor lombar. É uma das causas número de incapacidade no mundo todo. Além disso, a lombalgia é a principal causa de limitação e faltas no trabalho no mundo inteiro.
De cada 10 pessoas, 8 sofrem ou sofrerão de dor lombar algum dia na vida.
O Global Burden Disease é um projeto colaborativo de quase 500 pesquisadores de 50 países liderados pelo Instituto para Medidas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington.
A dor lombar é a terceira causa de incapacidade no Brasil como mostra o gráfico do estudo da OMS. Em 20 anos, houve aumento de 60% do casos de lombalgia e incapacidade causada por ela. Para mais informações, acesse o Global Burden of Disease Study do Brasil (em inglês).
Neste gráfico, é possível verificar que a lombalgia é a terceira causa de incapacidade no Brasil
A dor lombar é a causa mais comum para adultos procurarem por medicinas complementar e alternativa, incluindo técnicas de terapia manual.
Em 2010, a OMS publicou um extenso relatório reconhecendo e recomendando a osteopatia como método de cura de dores em geral, além de dar diretrizes para o ensino da osteopatia pelas escolas no mundo todo. Para mais informações, acesse o Índice de Referências para o Treinamento em Osteopatia (em inglês). Existe também uma versão traduzida para o português oferecida pelo site Registro Brasileiros dos Osteopatas.
Capa do documento da OMS sobre a osteopatia
A seguir, mostro um estudo realizado por Licciardone, Kearns e Minotti em 2013 no qual eles mostraram a eficácia da osteopatia no tratamento da dor lombar.
Os 455 pacientes com dor lombar estudados pelos pesquisadores foram divididos em dois grupos, (dor moderada [269 pacientes] e dor forte [186 pacientes]) e tratados por 12 semanas a cada 15 dias totalizando 6 sessões de 15 minutos cada. Desses dois grupos, foram feitas mais duas divisões: tratamentos osteopático e placebo.
O tratamento osteopático consistia na realização de técnicas como thrusts (os famosos "estralos" da coluna), mobilização articular e de relaxamento musculares. Elas foram realizadas nas regiões da transição da coluna lombo-sacral, ilíaca e púbica.
Já no tratamento placebo foram realizados apenas contato manual, movimentos ativos e passivos das articulações e técnicas que simulavam o thrust mas realizado de forma errada como mau posicionamento e/ou com pouca força.
O tratamento osteopático consistia na realização de técnicas como thrusts (os famosos "estralos" da coluna), mobilização articular e de relaxamento musculares. Elas foram realizadas nas regiões da transição da coluna lombo-sacral, ilíaca e púbica.
As regiões ilíacas (superior) e púbicas (inferior) da pelve
Já no tratamento placebo foram realizados apenas contato manual, movimentos ativos e passivos das articulações e técnicas que simulavam o thrust mas realizado de forma errada como mau posicionamento e/ou com pouca força.
Em azul, a coluna lombo-sacral
Dos 269 pacientes do primeiro grupo, 135 foram tratados com osteopatia e 134 com técnicas placebo. Dos 186 do segundo grupo, 95 foram tratados com osteopatia e 91 com placebo.
No primeiro grupo, 48 pacientes tratados com osteopatia (ou 65% deles) apresentaram melhora acima de 50% enquanto no grupo placebo, 42 (56%), não havendo diferença estatística entre a osteopatia e o placebo.
Já no segundo grupo, 52 pacientes ou 49% dos casos apresentaram melhora de 50% ou mais do quadro e no grupo placebo, apenas 25 pacientes ou 23% dos casos o que mostra uma diferença significativa.
Portanto, a osteopatia se mostrou mais eficaz nos pacientes com dor lombar crônica de alta intensidade além de melhorar a função da coluna. Mas, obviamente, é visível a capacidade da osteopatia em aliviar as dores lombares independente se são de média ou alta intensidade.
Osteopatia comparada com outras intervenções
Osteopatia comparada com outras intervenções
Geralmente casos de dor lombar estão associados com intervenção caras e invasivas como exames de imagem, analgésicos e anti-inflamatórios esteroidais e cirurgias da coluna.
Como citado no artigo, estes pacientes foram acompanhados durante 12 semanas e passaram por 6 sessões de tratamento. Porém, é importante lembrar que este é o protocolo do estudo. Nos pacientes ambulatoriais, neste mesmo período seriam realizadas de 6 a 9 sessões dependendo da evolução do paciente. Nos tratamentos quiropráticos, neste mesmo período seriam necessárias aproximadamente 30 sessões.
Dessa forma, a osteopatia se mostra um tratamento eficaz e mais barato quando comparado com estas outras intervenções. O que está esperando para marcar uma consulta? Acesse www.osteopatiacampinas.com